Afastem-se todos
Não queremos que eles vejam
Numa névoa de poeira
Escondi meus pensamentos
Não queremos que eles saibam
A porta cinza está fechada
Deve-se enxergar através do trinco
A frieza continua sendo a solução
Não queremos que eles saibam
(MAY)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
Páginas em Branco
Escrito em páginas em branco
Um livro que ninguém consegue ler.
E o que sobra é o silêncio...
Que se faz quando alguém pergunta e não se sabe responder
O que fazer com isso tudo?
O que pensar sobre ninguém?
Para onde vamos?
É preciso saber
E assim sempre foram as vidas...
perdidas em si mesmas.
Conhecemos todo o mundo,
mas nunca tivemos coragem de visitar a nós mesmos.
Tantas coisas.
Entre elas, sempre perdidos.
Somos o vulto dos nossos próprios inimigos
Somos os vultos daquilo que fomos um dia...
Até o dia em que descobrimos que estamos engaiolados em nossos próprios medos
Em nossos próprios sentidos.
Páginas em branco.
Um livro nunca lido.
Aqui não adianta conhecer tudo,
ou saber muito.
Onde nada se pode ver,
onde esconderam as letras,
onde tudo é igual a nada,
só resta fechar os olhos para tentar ver.
Aqui só resta quem nunca tivemos coragem de visitar.
Aqui só resta a chance que deixamos para trás.
Só sonhos e pesadelos.
Páginas em branco, o que não escrevemos
Por medo ou por simples descaso
Raphael Rodrigues
Um livro que ninguém consegue ler.
E o que sobra é o silêncio...
Que se faz quando alguém pergunta e não se sabe responder
O que fazer com isso tudo?
O que pensar sobre ninguém?
Para onde vamos?
É preciso saber
E assim sempre foram as vidas...
perdidas em si mesmas.
Conhecemos todo o mundo,
mas nunca tivemos coragem de visitar a nós mesmos.
Tantas coisas.
Entre elas, sempre perdidos.
Somos o vulto dos nossos próprios inimigos
Somos os vultos daquilo que fomos um dia...
Até o dia em que descobrimos que estamos engaiolados em nossos próprios medos
Em nossos próprios sentidos.
Páginas em branco.
Um livro nunca lido.
Aqui não adianta conhecer tudo,
ou saber muito.
Onde nada se pode ver,
onde esconderam as letras,
onde tudo é igual a nada,
só resta fechar os olhos para tentar ver.
Aqui só resta quem nunca tivemos coragem de visitar.
Aqui só resta a chance que deixamos para trás.
Só sonhos e pesadelos.
Páginas em branco, o que não escrevemos
Por medo ou por simples descaso
Raphael Rodrigues
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Miguel
Miguel não gostava de estar ali
Seus olhos quase secos
Vomitavam a falta de luz
Vomitavam a luz vazia
As risadas fingidas
Já estavam sendo descobertas
Pelas ervilhas que se julgam pessoas
Em sua existência infantil
O sol clareava sua mão
Numa proteção reconfortante para um pessimista
Cansaço... cansado...
Cansado para lidar com sua cabeça
Que sabia demais
Miguel gostaria de ser cremado
Para que suas cinzas se misturassem com seu último cigarro
Miguel não gostava de estar ali
Cansaço... cansado...
Miguel não estava mais ali
(MAY)
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