segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A SOMBRA DE UM SER.

Memórias avulsas
numa mente perdida em volúpias.
Sustos, medos, torturas...
e um olhar cansado –
de quem morre de tédio.
Sentidos aguçados
para nada sentir,
para com nada deliciar-se.
Aqui só resta o vazio
sem gosto, sem rosto
sem cheiro e sem voz.
O que nos sobra?
O que nos falta?
O que nos resta,
neste mundo de promessas?
Ninguém sabe responder,
nem mesmo sabe questionar.
Aqui jaz a alma,
e sustenta-se o silêncio
de um mudo que se calou
antes mesmo de aprender a falar.
Sozinho o ser
opaco e abatido,
a boca fechada, a mente vazia.
Só o coração ainda bate,
não se sabe o porquê.

Nenhum comentário: