quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vento

No meio da rua fria,
de alma vazia
no auge da noite quente,
cheia de gente
o instante não me mostrou claramente
pra onde devia ir
e o que eu devia fazer

então o coração me disse
que eu devia apenas
me entregar completamente
ao meu desejo de viver
ainda que parecesse criança
que desconexa de tudo
finge saber o que fazer

assim eu me lembrei das coisas
o que ainda tenho por viver
e decidi seguir o vento
deixei de me emudecer
e só assim tive as surpresas
que a vida pode trazer

e o vento me trouxe momentos
tão difíceis de entender!
e a estar entre pessoas
de maneiras tão diversas
de tentar aparecer
e a esperar que alguma delas
pudesse realmente ter
o que há muito tempo quero
a parte que não posso ser
alguém com quem criasse um elo
e uma energia favorável
que me ajudasse a crescer
e de repente encontrá-la
e não saber o que dizer
tentando simplesmente amá-la
e ser o que tiver que ser.

deixo o vento me levar
mesmo que eu não vá saber
pra onde o vento vai soprar
e o que ele pode me trazer
sei que quando ele soprar
me revelará supresas
e me levará a sentir coisas
que não se podem descrever.


sopra vento, sopra!
vento de brisa passageira, confortante
vento que sopra tempestade
que as vezes torna-se uma eternidade,
angustiante.


W.S.C.

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